1º Dia - São Paulo -> Capão Bonito

Sair de São Paulo em um feriado, não é tarefa tão fácil quanto parece. É verdade que as ruas da cidade ficam vazias, mas ao entrar em qualquer estrada não importando a direção, o que vai encontrar em seu caminho fica longe de ser a estrada dos sonhos, você a moto e o asfalto. Do horário de saída posso afirmar que já experimentei todos, dia anterior, na madrugada, ao amanhecer e a conclusão que cheguei foi, sair por último é a melhor opção. Desta forma, ao acordar, fiz o de costume, entrei no site da “CCR Via Oeste”, estrada que iria usar, e fiquei observando os carros parados das 8h:30 às 10h:00. Estrada “vazia” lá vamos nós. Saímos às 10h:30 com céu claro, 28 graus rumo à Capão Bonito. Neste trecho não temos muito o que comentar, Rodovia Castelo Branco até Sorocaba e Raposo Tavares até o destino final. Ambas as estradas são de excelente qualidade, dando preferência à Raposo Tavares, onde o movimento de veículos diminui muito e as curvas abertas deixam o caminho mais interessante. Tudo perfeito, bela estrada, clima agradável, quando perto de Itapetininga precisamente no km 153, senti a moto vibrar muito, olhei o pneu dianteiro e estava normal, levei para um lado e para o outro e de repente o pneu traseiro esvaziou, logo parei no acostamento sem problemas. Olhei o pneu e não encontrei nada, nenhum prego ou mesmo sinal de perfuração. Como o lugar que paramos não estava muito seguro segui por mais 300 metros onde encontrei a entrada de uma casa. Sem poder fazer nada que resolvesse aquele problema, ligamos primeiro para seguradora, que nos confirmou o guincho em uma hora, depois já que estávamos praticamente em frente a um telefone da rodovia, solicitamos o resgate. Passados longos vinte minutos chega uma van da via, desce um rapaz muito educado que prontamente liga o compressor de ar instalado na parte de trás do carro, ele enchia por um lado e saia pelo outro. Ali percebi que a câmara de ar estava seriamente comprometida. Quando nos despedíamos do rapaz do resgate, chega o guincho vindo de Sorocaba. Demorou mais colocar a moto na plataforma do caminhão, do que chegar na borracharia, distante longos três quilômetros. Chegando lá o borracheiro já logo vai falando:
_ Eu arrumo mas não tiro a roda.
Mesmo dizendo que tiraria a roda eu não iria deixar, prefiro eu fazer este serviço. Como trago minhas ferramentas, em cinco minutos o pneu estava na mão do “Léo” o borracheiro. Olhamos o pneu e deu para entender o que realmente havia acontecido. O que provocou o furo foi um pedaço de metal que perfurou entre os gomos do pneu, parte mais vulnerável. A câmara de ar fez um furo consertavel, não havendo a necessidade da troca. Agora, entendo o porque da moto vibrar antes do pneu esvaziar completamente. Este pedaço de metal quando entrou no pneu, causou o desbalanceamento da roda devido ao seu peso considerável. Ao se desprender do pneu a moto imediatamente parou de vibrar por alguns segundos até que o pneu esvaziasse por completo. Pneu concertado agora vem a hora chata, colocar a roda na moto. Afasta pastilhas de freio, empurra pra cá, ajeita de lá e eixo pra dentro, depois regula folga da corrente, aperta tudo, Coca-Cola com Coxinha e pé na estrada. Por conta do pneu furado paramos no acostamento às 12h:10 e retornamos para estrada rumo à Capão Bonito somente às 16h:20, felizmente restavam cerca de 68km. Chegamos no hotel no final da tarde, cansados mas com a sensação de missão cumprida. Inté