3º Dia - Capão Bonito -> Curitiba

O dia começou quente, saímos do hotel 10h:00 com termômetro marcando 28 graus, prontos para enfrentar as 1250 curvas da SP-250 e BR-476, ou simplesmente “Rastro da Serpente”. Oficialmente dizem que ela começa no município de Apiaí, mas assim que deixamos Capão Bonito, as curvas já começaram a ficar mais fechadas. Este trecho está em péssimo estado de conservação, buracos, remendos, sem acostamento, a boa notícia é que estão reformando tudo. Durante todo percurso no estado de São Paulo, o que mais vimos foram máquinas trabalhando na pista, pegamos três interdições temporárias, aquelas em que esperamos os carros que estão em direção oposta passarem, nada que atrapalhasse a viagem, pois o maior tempo que esperamos em uma parada, foi de 5 minutos. Abastecemos em Apiaí e seguimos rumo a Curitiba, agora entendemos o sentido do nome “Rastro da Serpente”, as curvas aumentam tanto em quantidade, como em intensidade, você mal termina de concluir uma curva e já aparece outra na direção oposta. Quando entramos no estado do Paraná, a estrada muda completamente, não fica perfeita, mas os buracos e remendos diminuem muito, segue sem acostamento, com poucos pontos de ultrapassagens. A vegetação é o que mais impressiona, mata exuberante por todo caminho, com vistas para grandes vales que se enxerga longe, mas mais uma vez, sentimos falta das áreas de descanso em pontos onde o visual é deslumbrante, não tem como parar. As curvas foram ficando mais fechadas, as placas de sinalização que mais víamos eram “S”, “U”, “Z”, foi assim até Tunas onde paramos na lanchonete do posto de combustível, este é um bom lugar para comer algo e dar uma relaxada, porque haja curva. Estômago enganado, tudo pronto, seguimos o caminho fazendo curvas e ultrapassando caminhões. Para motos, até é possível realizar algumas ultrapassagens, mas para os carros é tarefa impossível. A velocidade de alguns caminhões nas subidas, não passa de 20 km/h, como o trecho é muito sinuoso fica difícil visualizar se vem alguém na mão oposta. Outra coisa é controlar a moto em tão baixa velocidade, esperando o momento certo para ultrapassar, mas é só ter paciência e tchau. A medida que fomos nos aproximando de Curitiba, as curvas foram diminuindo e a quantidade de veículos aumentando. Por ser feriado as ruas da cidade estavam vazias, com isso não ficamos presos em congestionamentos, chegamos 16h:30 no hotel. Agora é descansar porque amanhã serão mais 1250 curvas de volta. Inté.