Acordamos e trocamos o pneu da moto, depois fomos conhecer o Refúgio Biológico na usina de Itaipu. O refúgio é uma unidade de proteção ambiental, criada nos anos 70, para receber milhares de animais “desalojados” pela usina. Em 1982, quando a usina ficou pronta, foram fechadas as 12 comportas de desvio do rio Paraná para a formação do Lago de Itaipu, nesta época havia um planejamento de resgate para os animais porém, um desastre ocorreu no mesmo período e aconteceu o maior alagamento da região, com chuvas fortes que ocasionaram a maior enchente ocorrida em 40 anos. O que era para acontecer em 90 dias aconteceu em 07 dias e, foi necessário fazer um procedimento de salvação de emergência, objetivando salvar e recolher rapidamente a riqueza natural que existia na região assim como os animais sobreviventes. E, dessa forma, conseguiram salvar cerca de 36.000 animais que viviam na área a ser inundada pelo lago. Atualmente o refúgio é composto de 1920 hectares com uma vegetação composta de reflorestamentos integrados aos remanescentes de floresta nativa. Os animais silvestres em cativeiro passam por tratamentos de reabilitação, ou para serem reinseridos no habitat natural, ou para evitar a extinção de suas espécies. O passeio contorna o canal da piracema dentro de uma carretinha e depois, acompanhados de um guia, é possível andar em uma trilha de cerca de 2 km, no meio da floresta. São mais de 960 gêneros de plantas e 50 espécies animais como jaguatirica, jacaré, gavião, urubu-rei, macaco-prego e onça pintada. Um belo trabalho. No final do dia fomos visitar o marco das três fronteiras, através do qual consegue-se ver num mesmo local terras argentinas, paraguaias e brasileira, em harmonia, separadas apenas pelos rios Iguaçu e rio Paraná. Muito interessante.