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Hoje tiramos o dia para conhecer o sítio arqueológico de São Miguel das Missões com visita às ruínas e ao museu das missões. Primeiramente fomos ao ponto missioneiro para se ambientar com a história, o ponto missioneiro é como se fosse um pequeno museu à céu aberto com alguns equipamentos utilizados pelos índios e maquetes do sítio arqueológico. A região também é conhecida pelos seus benzedores, rezadores e mateiros – os benzedores são pessoas que realizam seus benzimentos através de gestos e orações, uns utilizam água, rosários e pequenos ramos verdes, cada um a sua maneira e os benzimentos são gratuitos. Antigamente quem realizava as curas através dos chás, rezas e benzimentos eram os pajés. São Miguel das Missões era uma redução jesuítica habitada por cerca de 4.000 pessoas. As primeiras reduções datam de 1610, elas eram vinculadas à diversos interesses: para a colônia espanhola, as reduções pacificavam os índios que se opunham ao avanço da colônia e faziam frente aos portugueses; para a Igreja, significava a expansão da fé católica que estava abalada devido à perda de fieis para as religiões nascidas durante a reforma como o luteranismo e calvinismo; para a Cia. de Jesus, os jesuítas o objetivo era o de salvar as almas dos índios!
As reduções eram compostas pelas casas dos índios missioneiros, oficinas, casa de padres e escola, cemitério, cotiguaçu e cabildo. O museu foi criado em 1940 e reúne uma enorme quantidade de obras produzidas na época das missões jesuíticas.
A origem dos conflitos e a dispersão da população missioneira
Em 1750 Portugal e Espanha firmaram o tratado de Madrid, delimitando uma fronteira que dividia as terras em disputa: os 7 Povos das Missões, localizado na margem oriental do Rio Uruguai, seriam entregue aos portugueses em toca da Colônia do Sacramento, que passaria a ser espanhola. Ficou a cargo dos jesuítas conduzir a população missioneira, seus pertences e gado para os novos povoados, localizados “do lado espanhol”. Muitos indígenas recusaram-se a migrar. A eles juntaram-se outros nativos que não viviam nas reduções. Para combater os índios, portugueses e espanhóis se uniram num exército fortemente armado. A guerra guaranítica (1754-1756) terminou com a derrota dos nativos.
Após a decadência das missões, os habitantes das reduções que haviam sobrevivido à guerra dispersaram-se pela região. Muitos juntaram-se a grupos que se mantiveram distantes do contato com os europeus. Outros integraram-se à sociedade colonial, trabalhando como peões, nas estâncias, em tempos de paz e incorporando-se às milícias, nas guerras de fronteira.
Curiosidade: A erva mate era uma espécie nativa muito utilizada pelos indígenas, daí que disseminou o costume de tomar o chimarrão no sul.