4º Dia - Curitiba -> São Paulo

Amanhece na República de Curitiba, céu azul, ruas vazias neste domingo de feriado, em quinze minutos já estávamos na estrada de volta à São Paulo. Pensamos em voltar pela BR-116, “Regis Bittencourt”, mas por lá iriamos enfrentar milhares de caminhões e carros, então, simbora encarar mais 1250 curvas. Foi a melhor coisa que fizemos, diferente de ontem, hoje a estrada, “Rastro da Serpente”, estava totalmente vazia. Para se ter uma ideia, até Capão Bonito ultrapassamos somente um caminhão, tudo bem que paramos algumas vezes e este mesmo caminhão foi ultrapassado por nos quatro vezes, mas foi só ele. Domingo o tráfego de caminhões diminui muito, o caminho fica livre com poucos carros, o que cresce é o número de moto turistas, indo e vindo. Definitivamente este é o melhor dia para andarilhar por estas bandas. Quando se faz curvas o tempo todo a quilometragem não passa, você olha para o odômetro e ele marca 50 quilômetros percorridos, curva pra cá, curva pra lá e ao olhar novamente está em 50, é inacreditável. Você olha no mapa e pensa, a próxima cidade está logo aí só faltam 80 quilômetros, em uma hora estou lá, mentira, se fizer em duas fique feliz. Desta forma, na volta resolvemos parar mais vezes, paramos para fotografar em um barranco a beira da estrada, paramos em Tunas para enganar o estômago, paramos em Adrianópolis para abastecer, paramos em Apiaí para esticar as pernas e finalmente chegamos em Capão Bonito, onde paramos no Porthal Rastro da Serpente. Daqui em diante, encontramos estrada cheia até a rodovia Castelo Branco e parada até chegar em casa. Foram cerca de 2500 curvas em dois dias, excelente trecho para que deseja treinar para futuras viagens longas, pois em menos de 300 km, encontramos curvas com diferentes graus de dificuldade, asfalto bom, ruim, péssimo, mas vá preparado, aqui se exige muito do corpo e a boa condição física, como em tudo, ajuda muito a apreciar o passeio, ao invés de reclamar de dores. Inté.

- FIM DA ESTRADA -