20º Dia - Glaciar Perito Moreno

Opasseio para o glaciar Perito Moreno é muito disputado pelos turistas, então ontem ao chegar no hotel, a primeira coisa que fizemos foi reservar o nosso passeio. A van passou para nos pegar às 7h30 da manhã, a van vai passando de hotel em hotel pegando turistas, foi bom porque conhecemos quase toda a cidade de El Calafate. Quando a van encheu, nos encaminharam para um ônibus, que nos levou até o glaciar, o trajeto durou cerca de 1h30. O passeio começa com uma caminhada de 3 km, entre passarelas de ferro, elas ficam de frente para o glaciar Perito Moreno, são tão próximas do glaciar que é possível escutar os estrondos causados pelo rompimento do gelo. Em algumas ocasiões, logo após estes estrondos, pedaços de gelo do tamanho de um ônibus, despencavam, criando uma enorme onda ao bater no lago que cerca o glaciar. O passeio pelas passarelas termina em um grande estacionamento. Por lá, encontramos nossos parceiros eventuais, Túlio e Igor, comemos um lanche e embarcamos no ônibus com destino ao porto. Meia hora depois, estávamos dentro do barco rumo à segunda fase do passeio, a caminhada no glaciar. Fizemos a travessia com tranquilidade, ao chegar do outro lado, fomos divididos em dois grupos, os que falavam inglês, e os que falavam espanhol. Subimos um morro onde fica a sede e de lá fomos instruídos pelo guia do que teríamos que fazer durante a caminhada no gelo. Seguimos por uma passarela, que terminava em um descampado coberto de pedras, bem próximo do glaciar. Continuamos por uma trilha estreita até chegar em um lugar com pequenas cabanas, lá eles amarram uns grampos de ferro nos nossos tênis e explicam como devemos caminhar no gelo, com aquela coisa, que era uma espécie de ferradura. No início não foi fácil caminhar com aquilo no pé, tem que andar com a perna aberta, se não um grampo enrosca no outro, e como é pesado, a cada passo parece que estamos subindo uma ladeira e, dependendo do calçado que estiver usando, dói. O correto é usar uma bota pois aí as cintas usadas para amarrar os grampos não incomodam. Caminhamos no gelo por cerca de meia hora (pareceu bem mais) e, ao contrário do que pensávamos, não fazia frio, na verdade sentimos calor ao subir e descer o glaciar, já que tínhamos que nos equilibrar nos grampos (imagina se torcessemos nosso pé!). Ao final do passeio, em meio ao gelo, serviram uma dose de whisky com gelo do glaciar. Assim, levemente alterados, voltamos do passeio de hoje dormindo no barco, no ônibus e na van, e por fim, chegamos no hotel em El Calafate umas 21h30.